segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Lembranças

Caberia ao homem saber
As infinitas lembranças que permanecem
No âmago de seu ser,
E em suas lágrimas adormecem?

Algumas sementes plantadas
Em terras distantes, desconhecidas.
De uma chuva de palavras jamais faladas
Nasceram as mais belas flores, porém esquecidas.

Fins digladiam-se em busca de origens,
Enquanto sóis e luas correm.
Perdido em uma floresta de vertigens,
Quando as primeiras lágrimas escorrem.

Estreito rio que deságua em sua face quente,
De águas claras que congelam qualquer reação.
Onde se escondia sua nascente?
Nos olhos ou no coração?

A gota que ao chão se lança
Logo seca, mas se faz eterna.
Nutre as flores, desperta a lembrança
Dessa vida sempiterna.